COVID-19 | Adaptação e Aprendizado Real

 

Há 2 semanas, na quarta-feira 11 de março, a OMS classificou o COVID-19 como pandemia. De lá para cá, em especial na última semana, presenciamos algo inédito e muito incrível: a capacidade das pessoas de se adaptarem ao novo. 

SIM, é possível! É possível mudar, se adaptar e se reorganizar quando a necessidade é real e nos esforçamos de verdade para isso.

Sem entrar no mérito da forma como as coisas vêm sendo feitas, se estão adequadas ou não, se é certo ou errado, a questão aqui é a capacidade real que as pessoas têm de tomar novos rumos e se adaptar à situações inusitadas.

Por outro lado, vemos um fenômeno que vale uma reflexão: a grande maioria das empresas demonstram uma clara fragilidade sobre suas estratégias, valores e propósito nesses momentos.

É mais ou menos assim: algumas pessoas recebem orientações sobre como lidar com situações de emergência.  Elas recebem treinamento, fazem planos de evacuação, análises cuidadosas e simulações a fim de se preparar para algo que exige urgência. Porém, quando a situação real aparece, cada um segue seu próprio instinto e não o plano. Da mesma forma, são as empresas. 

Diante do inesperado e da crise, as análises são realizadas de diferentes prismas, menos à luz das estratégias, valores e propósito instituídos (ou que se pensava estar instituído). O que sobra é apenas o senso de sobrevivência ou simplesmente o ato de fazer o que outros estão fazendo. “Pelo menos,” a maioria pensa, “se eu estiver errado, todos também estarão”.

Metodologias como OKRs, BSCs, PDIs, SWOTs, Analytics, BIs, CRMs, BigDatas, previsões, etc … quando a situação fica crítica, nada disso é considerado mais importante. 

A reflexão aqui é a seguinte: se deixássemos nos guiar por toda essa construção estratégica, teríamos resultados diferentes? Ou então, será que todo o tempo dedicado a isso é mesmo necessário? A forma como fazemos ainda é a correta?

O fato é que criamos ao longo do tempo mecanismos e formas que muitas vezes não endereçam os problemas reais. Fazemos porque outros estão fazendo, porque parece legal, interessante, divertido ou inspirador.

Após todo esse tempo, permanecemos com os mesmos problemas: produtividade baixa, custos altos, clientes insatisfeitos, falta controle ou visibilidade de resultados, o negócio não consegue se reinventar, lentidão gigante para inovar e maior ainda para produzir e entregar. E é na hora da crise que eles ficam muito mais evidentes.

Assim, surgem perguntas: E se convergimos essa capacidade maravilhosa de adaptação e mudança para nosso dia a dia daqui para a frente? E se focássemos no que realmente importa? E se procurássemos reduzir os desperdícios e focar no valor para o cliente? E se parássemos de ter medo de experimentar o novo? E se os 10% de energia e investimento sobre disrupção fosse de verdade? E se aceitássemos de vez que as estruturas organizacionais rígidas não funcionam mais em um mundo volátil e orgânico? Seria diferente?

Voltando à questão de como nosso sistema é frágil. Uma das respostas talvez esteja em ser “antifrágil”.

É óbvio e claro que não há resposta única e certamente eu não tenho autoridade nenhuma para dizer o que é certo ou errado.

Mas, para começar, indico uma excelente leitura para continuar essa reflexão: o livro Antifrágil de Nassim Nicholas Taleb, o mesmo autor de A Lógica do Cisne Negro —  aliás, outra excelente leitura também.

A ideia aqui não é ficar promovendo livros, mas sim, reflexões importantes para o novo modo de viver que surge nesse momento

Gosto de uma frase desse livro que combina com este momento que vivemos: “O resiliente resiste a impactos, mas volta a ser o mesmo; o antifrágil fica melhor.” 

Alex Salino
Founder | Liga Ágil

 

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